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Novidades

segunda-feira, março 29, 2004
Olá boa noite, o chamo-me Salvador Maria, vivo na Quinta da Marinha, um bairro muito agitado.
Silêncio por favor, não me obriguem a ser violento, vocês nunca me viram zangado, nem vão ver.
Gosto de vestir casacos de Marca, mas raramente ando com eles, pois é raro o dia em que não mo roubam. Os Malandros ainda me agrediram, mas eu vi um senhor na rua e pedi-lhe ajuda, e ele ajudou, o ladrão. Isto hoje em dia para arranjar roupa é muito difícil, só gosto de arranjar roupa quentinha e justinha, mas hoje é tudo largo. Um Desporto que eu não gosto é a Natação, acho que é muito violento e abusivo. Não gosto de ver televisão, principalmente os desenhos animados, porque incentivam muito as crianças para a toxicodependência.
Houve uma vez que me chateei seriamente com um tipo do meu bairro. Disse-lhe Boas, nesse dia eu excedi-me nas palavras, fui até um pouco indelicado. Disse-lhe: “Seu malandro, você vai ver, vou já chamar a autoridade”. E ele deu-me uma tareia, e eu tive que chamar a polícia de segurança pública, e a policia ainda me bateu mais que o outro, por causa das calças, porque não combinavam com os meus lindos sapatos de crocodilo. E levar duas vezes no mesmo dia, parecendo que não é aborrecido. Eu ainda estive para ir ao hospital, mas não fui os enfermeiros ainda me batiam.
Gosto de ouvir música, música que seja batida, portanto um fadinho. Eu de vez em quando gosto de dançar, uma Ópera, eu e a minha vassoura.
Gosto de ler revistas, mas actualmente as revistas não têm dignidade nenhuma. Maria nunca. Caras também não, bem Caras nããã sim, sim, vá Caras ainda consigo ler para ver os vestidos. O meu maior sonho sempre foi aparecer em revistas muito importantes, tipo Dica da Semana. Eu bem tento, sempre que vejo um fotógrafo ponho-me sempre em pose, quando me convidam para um casamento, eu adoro a parte que eles tiram as fotos, só acho chato é não me deixarem ficar em frente da noiva, nem do noivo. Eu bem tento, mas não deixam, devia ser uma honra para eles, ainda por cima no último casamento que fui só me deixaram ficar atrás, não tem jeito nenhum.
Eu tenho um anel de brasão, só não o trouxe hoje pois já mo tinham roubado. E novamente esses marotos ainda gozaram comigo dizendo que o anel era igual ao das batatas fritas, mas não era, isso era só má-língua... Tinha algumas diferenças, pronto, uma diferença, de momentos não me recordo qual era mas tinha, porque senão os marotos não mo tinham roubado, lá por o meu ser também de plástico, não queria dizer nada, tiveram foi inveja, acho eu. Mas depois percebi que só mo tinham roubado para pôr na sua colecção de produtos pirosos.
Sou uma pessoa muito doente, mas graças a Deus, não tenho uma doença, é a única que não tenho, que é a hipocondria, graças a Deus. O meu pão de cada dia é o termómetro, está comigo na minha mesa-de-cabeceira, a ele deve estar avariado, pois diz lá sempre que não tenho febre, mas tenho que ter, de certeza. Se me dão licença, vóis não estareis a ver-me, mas neste momento estou a medir a pulsação, agora estou a ver a cor da minha língua, ai está vermelha, deve ser grave. Há muito tempo que não me sentia assim... É sempre a mesma coisa, que maçada. Tenho que ir já ao médico.
Fui visitar uma amiga ao Hospital, fui no meu Ferrari Vermelho (Ganhei-o com a Netcabo, mas isso não era para dizer), e viro-me para ela e disse: Oh José Castelo Branco, vê lá se a querida melhora.
Obrigado por me ouvirem, muito agradecido.

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