Hoje vou falar de museus. Eu raramente vou a um museu, pois os museus de Portugal estão sempre superlotados, um museu no centro da cidade, consegue estar mais cheio que uma discoteca na Expo. A última vez que fui a um museu pus-me à frente de um quadro e depois de 10 minutos de apreciação (e de muita imaginação) pensando tratar-se de um quadro invocando a comida digo em voz alta: “Este quadro está a dar-me fome”, depois olho para a legenda em baixo e leio: “Nome: Homem Nú; Autor: Desconhecido…” Ahhh eu disse fome? Eu queria dizer … sono, é isso mesmo sono. Mas o curioso é que depois inesperadamente aparece uma mulher e ,depois de ler a legenda diz: “Este quadro dá-me fome…”
Também no outro dia estive a ver uma entrevista a um pintor, e ele declamou uma frase deveras filosófica, que eu até apontei e vou agora citar: “Para pintar um quadro a oleo, é preciso tintas”… Isto é bem observado, ainda bem que esse pintor me alertou para esse facto, porque eu sozinho não conseguia lá chegar, Eu até estava a pensar pintar um quadro e por acaso tintas foi uma coisa que me esqueci de levar... estava à espera de um prodígio divinal. Mas esse entrevista foi abundantemente interessante, pois deu para pôr o sono em dia.
Eu agora posso falar sobre as obras de Picasso, mas prefiro não fugir do tema de obras de arte, e deixar para trás o tema dos riscos mais caros do mundo.
Os meus conhecimentos sobre artes são muito pouco vastos, o meu apetite sobre o conhecimento que fui assistir um pintor, a começar a pintar, o senhor fica 15 minutos em transe e finalmente pega no pincel com tinta azul e faz um risco na diagonal, e eu começo prontamente a gritar: “Está óptimo, excelente, boa… Ah! Ainda não terminou…”
Nas exposições de arte, vêem-se muito aqueles intelectuais horas à frente dos quadros com um bloco de notas a tirar apontamentos, eu estava muito curioso sobre o que eles possam escrever lá, por acaso consegui ler de esguelha o que lá estava escrito e o que consegui tirar foi: “O quadro a óleo nº 125 foi pintado com Tintas…”