Como é engraçado ver uma pessoa que tem a mania das doenças, vamos imaginar a vida de uma pessoa dessas, quando está quase a nascer diz:
- “O quê sair, assim sem roupa? Tou aqui tão bem, no quentinho… Nem pensem, posso apanhar uma corrente de ar e apanhar uma gripe, dêem-me primeiro um agasalho”.
Depois, quando é obrigado a nascer, nasce logo a medir a tensão. Quando se apercebe que está nas mãos de um médico, começa logo a dizer as suas primeira palavras:
- “Ai doutor, é grave?”
Vai para casa, vais crescendo, e faz questão de ter o quarto com vidros duplos, torna a sua segunda casa um hospital:
- Tenho a impressão que tenho a língua vermelha de mais, pode ser varicela…
As conversas com os amigos:
- Estás um pouco amarelo, pode ser fígado, é melhor ires ver… Olha, tenho aqui uma pomadinha óptima, que me deram no CATUS, faz muito bem às varizes.
Torna-se adulto; em vez de ter um lenço de papel na mesa-de-cabeceira tem um termómetro.
- Ahhh, não tenho febre, deixa-me experimentar, com um digital.
Em vez de ter um livro, tem a Bula dos medicamentos.
- Tenho que ter uma dor muscular no braço esquerdo, olha por acaso estou a ter.
Pede a reforma antecipada, para passar o dia no centro de saúde.
- A senhora não tem nada.
- Doutor, vou pedir uma trigésima quinta opinião. (Sempre a mesma porcaria, nem sabem diagnosticar uma pessoa.)

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